Veja matéria no site de origem: Jornal Nacional - G1
Nos anos 40, eram raros os livros em braile no país. Convencidas de que eles eram essenciais para a inclusão do deficiente visual, Dorina e um grupo de amigas criaram a "Fundação para o livro do cego no Brasil".
Em 2011, a iniciativa de uma mulher que mudou a vida dos deficientes visuais no Brasil está completando 65 anos, como se vê na reportagem de Alan Severiano.
Foi de repente. Aos 33 anos, a vida deu uma reviravolta. As veias da retina se romperam e o advogado Marcelo Panico perdeu quase toda a visão. “Foi um luto de se fechar em casa no meu quarto. Eu pensei que a vida tinha realmente acabado”, lembra.
Isso faz oito anos. Hoje, com a ajuda de um cão guia e de um programa de computador, ele faz parte da equipe de advogados de uma multinacional. “Eu reaprendi a fazer o que sabia de outra forma e hoje convivo bem com esse aparato tecnológico”, declara.
O recomeço não foi fácil, como acontece com todos que passam pela Fundação Dorina Nowill, em São Paulo. A instituição leva o nome da pedagoga que ficou cega aos 17 anos e foi a primeira deficiente visual a estudar em uma escola regular.
Nos anos 40, eram raros os livros em braile no país. Convencidas de que eles eram essenciais para a inclusão do deficiente visual, Dorina e um grupo de amigas criaram a "Fundação para o livro do cego no Brasil". O que era uma pequena gráfica virou a maior editora de livros em braile da América Latina, uma instituição sem fins lucrativos, administrada por voluntários.
Por ano, 64 mil livros são distribuídos gratuitamente para bibliotecas e deficientes visuais em todo o país. Além de publicações em braile, tem também livros digitais e os livros falados. Assim, muitos reaprendem a ler, a entender formas, a se localizar.
Outros dão os primeiros passos. Os bebês são estimulados para evitar atraso no desenvolvimento. “Geralmente, eles demoram mais para engatinhar, eles demora mais apara andar. Quando a gente estimula, eles aprendem naturalmente. Isso vai ajudá-lo na sua expressão corporal”, explica a fisioterapeuta Márcia Silva.
Entre consultas e terapias, são 18 mil atendimentos por ano. “Não é lugar de coitadinho, ninguém tem pena. Ele tem a deficiência. Ele precisa superar uma barreira, mas fora isso é uma pessoa capaz de realizar seus desejos, e é isso que Dorina nos ensinou”, destaca o presidente da Fundação, Adermir Ramos da Silva.
Bruno segue esse caminho. Nasceu cego, passou a frequentar a fundação e, aos 11 anos, tira de letra o convívio na escola com crianças que enxergam. “Não adianta você viver em um ambiente que só tem pessoa que tem o seu problema, senão você não vai se acostumar com o mundo”, comenta.
terça-feira, 12 de abril de 2011
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Homenagem a Louis Braille
Nascido Para Luta
Quando o mundo não sabia, que é preciso aprender;
Nasceu um sábio francês, guerreiro mesmo sem vê;
Homem de grande visão, tomou ele a decisão,
De derrubar o poder.
Ficou cego aos três anos, pôs seus pais em desespero ;
Um enviado de Deus, nosso anjo mensageiro;
E mesmo sem ter visão, deu aos cegos a direção,
Na França e no mundo inteiro.
Ainda na tenra idade, o nosso herói Louis;
Não aceita desrespeito, aos cegos do seu país;
Que eram violentados, loucos, palhaços, coitados;
Pelas ruas de Paris.
Se fazia necessário, grandiosa transformação;
E o caminho encontrado, foi-lhes a educação;
A luz do conhecimento, cessa todo sofrimento,
E brilha na escuridão.
Era preciso um gênio, de um notável saber;
Que inventasse um sistema, para fazer cego ler;
Avançado e bem a frente, com este novo presente,
Foi possível escrever.
Uma luz no horizonte, já começa a surgir;
A leitura e a escrita, a os alunos dali;
Uma emergente guerra, começa lançar por terra,
O sistema de Hauy.
No velho e falho sistema, muito se tinha investido;
Professores não aceitavam, que os cegos tinham crescido;
E escrever um poema, usando o novo sistema,
Não lhes era permitido.
Louis e seus alunos, incansáveis, destemidos;
Os seis pontos em toda França, já eram bem conhecidos;
Quebraram até a lei, falaram até com o Rei,
Pra serem reconhecidos.
O aprovo do sistema, não foi logo conquistado;
Mas Braille continuava, lutando, obstinado;
Um jovem valente e forte, abatido pela morte,
Seu brado foi alcançado.
Braille lutou e venceu, nos deixou grande legado;
Os cegos do mundo inteiro, seu sistema tem usado;
Não tem tecnologia, e também engenharia,
Que lhe tenha modificado.
Seu nome Grande Louis, na história foi registrado;
Entre os grandes deste mundo, fostes Imortalizado;
És herói dos heróis, orgulho pra todos nós,
No presente e no passado.
Louis Braille inovou, foi fantástico cientista;
Nos deu plena autonomia, nos deu visão sem ter vista;
Louvo aqui sua coragem, receba esta homenagem,
Deste inculto repentista.
Por Antonio José Ferreira
São José do Egito / Pernambuco.
8 de abril - Dia Nacional do Braille
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Comemoração ao Dia Nacional do Sistema Braille
CONVITE:
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal, por meio da Organização Nacional de Cegos do Brasil, ONCB, realizará nesta segunda-feira, dia 11 de abril, de 10 às 12 horas, na Ala Nilo Coelho (Sala 2) do Senado Federal em Brasília, uma audiência pública em comemoração ao Dia Nacional do Sistema Braille (08 de abril), instituído pela Lei 12.266 de 2010.
O evento contará com a participação de políticos, representantes de órgão governamentais e não governamentais, especialistas e estudiosos do assunto e com usuários do Sistema Braille.
Participe e prestigie no local ou pela TV Senado, que fará a transmissão ao vivo!
A TV Senado pode ser sintonizada em canal aberto (UHF) nas seguintes cidades:
· 16 UHF Rio Branco
· 36 UHF (Gama-DF e Entorno)
· 40 UHF (João Pessoa-PB)
· 43 UHF (Fortaleza-CE)
· 49 UHF (Rio de Janeiro-Zona Oeste)
· 51 UHF (Brasília-DF)
· 52 UHF (Natal-RN)
· 53 UHF (Salvador-BA)
· 55 UHF (Recife-PE)
· 56 UHF (Cuiabá-MT)
· 57 UHF (Manaus-AM)
Também nos canais 07 (Net), 118 (Sky), 217 (Direct TV), 17 (TECSAT), 121 (VIAEmbratel) ou na Internet pelo www.senado.gov.br/tv
sexta-feira, 1 de abril de 2011
MEC nega fechamento de escolas especiais para surdos e cegos
Ministro desautoriza diretora que anunciou o fim do ensino para surdos e cegos; inclusão entra na pauta da Câmara em Brasília.
Duilo Victor
Veja matéria no site de origem - O Globo.
O Ministério da EDUCAÇÃO (MEC) informou ontem que desautoriza o anúncio feito pela diretora nacional de Políticas Educacionais Especiais do MEC, Martinha Claret, sobre o fechamento, até o fim do ano, do Colégio de Aplicação do Instituto Nacional de Surdos (Ines), em Laranjeiras, e do serviço de ensino fundamental para deficientes visuais do Instituto Benjamin Constant, na Urca.
O ministro da EDUCAÇÃO, Fernando HADDAD, convocou as direções das duas instituições cariocas para uma reunião terça-feira em Brasília. Segundo o MEC, o encontro servirá para desfazer o mal-entendido criado pela declaração de Martinha. Cerca de 800 crianças e jovens das duas instituições recebem os serviços especiais, do maternal ao ensino médio.
Câmara convoca HADDAD para discutir inclusão
A repercussão negativa da possibilidade de interrupção dos serviços fez a Comissão de EDUCAÇÃO da Câmara dos Deputados colocar em pauta na próxima terça-feira a convocação do ministro HADDAD. A intenção é discutir a política de inclusão de alunos com necessidades especiais nas redes públicas municipais e estaduais.
Na Defensoria Pública da União no Rio, o defensor André Ordacgy informou que irá instaurar um procedimento investigatório para analisar a situação do Ines e do Benjamin Constant.
- Os colégios públicos e também os privados não estão preparados para receber os alunos com necessidades especiais, tanto na questão de acessibilidade quanto pedagógica. Já temos ações nesse sentido - informa o defensor público da União.
Está prevista para hoje, às 10h, na Cinelândia, uma manifestação com entidades representativas de pais e de alunos com necessidades especiais contra a possibilidade de fechamento das duas instituições.
- Queremos igualdade de oportunidades, mas a inclusão não ocorre de fato, pois não se colocam as tecnologias necessárias - conta a presidente da ONG Guerreiros da Inclusão, Sheila Melo, uma das organizadoras da manifestação. - Há alunos surdos, por exemplo, que não têm tradução simultânea em Língua Brasileira de Sinais (Libras) das aulas.
Prefeitura nega falta de intérpretes em escolas
Kátia Nunes, diretora do Instituto Helena Antipoff, centro de referência de EDUCAÇÃO especial da prefeitura, nega que haja alunos surdos sem acompanhamento por intérprete na rede municipal:
- Nos efetivamos o direito do acesso às crianças com necessidade especial à escola. Elas passam por avaliação pedagógica e têm seu encaminhamento garantido ao colégio escolhido pelo pai do aluno, com professor e intérprete adaptado às necessidades deles.
Kátia garantiu que há intérprete para Libras em número suficiente. A rede municipal tem 9.923 alunos com necessidades especiais, sendo 4.508 em salas especiais.
Duilo Victor
Veja matéria no site de origem - O Globo.
O Ministério da EDUCAÇÃO (MEC) informou ontem que desautoriza o anúncio feito pela diretora nacional de Políticas Educacionais Especiais do MEC, Martinha Claret, sobre o fechamento, até o fim do ano, do Colégio de Aplicação do Instituto Nacional de Surdos (Ines), em Laranjeiras, e do serviço de ensino fundamental para deficientes visuais do Instituto Benjamin Constant, na Urca.
O ministro da EDUCAÇÃO, Fernando HADDAD, convocou as direções das duas instituições cariocas para uma reunião terça-feira em Brasília. Segundo o MEC, o encontro servirá para desfazer o mal-entendido criado pela declaração de Martinha. Cerca de 800 crianças e jovens das duas instituições recebem os serviços especiais, do maternal ao ensino médio.
Câmara convoca HADDAD para discutir inclusão
A repercussão negativa da possibilidade de interrupção dos serviços fez a Comissão de EDUCAÇÃO da Câmara dos Deputados colocar em pauta na próxima terça-feira a convocação do ministro HADDAD. A intenção é discutir a política de inclusão de alunos com necessidades especiais nas redes públicas municipais e estaduais.
Na Defensoria Pública da União no Rio, o defensor André Ordacgy informou que irá instaurar um procedimento investigatório para analisar a situação do Ines e do Benjamin Constant.
- Os colégios públicos e também os privados não estão preparados para receber os alunos com necessidades especiais, tanto na questão de acessibilidade quanto pedagógica. Já temos ações nesse sentido - informa o defensor público da União.
Está prevista para hoje, às 10h, na Cinelândia, uma manifestação com entidades representativas de pais e de alunos com necessidades especiais contra a possibilidade de fechamento das duas instituições.
- Queremos igualdade de oportunidades, mas a inclusão não ocorre de fato, pois não se colocam as tecnologias necessárias - conta a presidente da ONG Guerreiros da Inclusão, Sheila Melo, uma das organizadoras da manifestação. - Há alunos surdos, por exemplo, que não têm tradução simultânea em Língua Brasileira de Sinais (Libras) das aulas.
Prefeitura nega falta de intérpretes em escolas
Kátia Nunes, diretora do Instituto Helena Antipoff, centro de referência de EDUCAÇÃO especial da prefeitura, nega que haja alunos surdos sem acompanhamento por intérprete na rede municipal:
- Nos efetivamos o direito do acesso às crianças com necessidade especial à escola. Elas passam por avaliação pedagógica e têm seu encaminhamento garantido ao colégio escolhido pelo pai do aluno, com professor e intérprete adaptado às necessidades deles.
Kátia garantiu que há intérprete para Libras em número suficiente. A rede municipal tem 9.923 alunos com necessidades especiais, sendo 4.508 em salas especiais.
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